A importância de uma gestão sustentável em todos os elos da cadeia produtiva do turismo é cada vez mais evidente.
Isso é percebido sobretudo quando a ação implementada atende ao ESG. A sigla se refere ao termo em inglês que corresponde aos pilares essenciais da sustentabilidade:
- Environmental (Ambiental, E);
- Social (Social, S);
- Governance (Governança, G).
Resorts, hotéis e restaurantes, nesse sentido, têm enxergado a necessidade de promoverem ações ambientalmente responsáveis, socialmente justas e economicamente viáveis.
Tais estabelecimentos do turismo priorizam investimentos em gestão sustentável de resíduos orgânicos.
Em destaque estão as empresas que prestam serviços de A&B. Muitos deles utilizam softwares acoplados aos biodigestores.
Capazes de identificar a origem dos alimentos descartados, tais programas, na prática, ajudam a evitar desperdícios. Ou seja, além dos ganhos ambientais, isso agrega valor à imagem da organização.
Tecnologia a favor do turismo sustentável
Anualmente, o Brasil gera mais de 80 milhões de toneladas de resíduos. Quase 40% desse montante vai parar em lixões ilegais. Além disso, mais da metade de todo esse lixo é composta por comida e outros materiais.
Ao mesmo tempo, não há qualquer indício de que o consumo e descarte de alimentos vá diminuir daqui para a frente. Pelo contrário.
Estima-se que até 2030, o mundo tenha cerca de 1,3 bilhão de pessoas. Conforme a população cresce, a necessidade de alimentá-la aumenta.
Uma maneira de amenizar os efeitos do alto consumo de alimentos e descarte de resíduos orgânicos é valorizar as práticas de ESG.
Tais estratégias aliadas às tendências da cozinha 4.0 contribuem para que negócios de turismo otimizem fluxos internos.
Hotéis-modelo já colhem bons frutos
Os hotéis La Torre, na Bahia, e Renaissance, em São Paulo, são ótimos exemplos de que a conectividade e a tecnologia favorecem a gestão de operações.
Com a inovação implementada, os hotéis cumprem as normas sanitárias e asseguram um ambiente limpo e saudável.
Além disso, promovem a conscientização e o engajamento de equipes e lideranças. Todos se unem para buscar um mundo mais vivo, com menos desperdício.
Os aterros vão sumir do mapa?
Para Eduardo Prates, fundador da empresa Eco Circuito, o uso de aterros para descarte de orgânicos está com seus dias contados.
“Algumas cidades no Brasil, como Goiânia e Florianópolis, por exemplo, já proibiram essa prática”, adianta o executivo.
A Eco Circuito, liderada por Prates, é especializada em tecnologia e inovação para processamento in-loco de resíduos alimentares. Atualmente, a corporação marca forte presença no turismo.
“A agenda ESG cresce de forma consistente e em ritmo acelerado na hotelaria. O mesmo acontece em hospitais, centros comerciais, refeitórios industriais, entre outros ambientes”, pontua o CEO da empresa.
Um grande benefício é que a automação libera a mão de obra para outras atividades. Do mesmo modo, reduz o consumo e reposição de lixeiras, sacos de lixo ou materiais de limpeza.
Junto a isso, outra excelente notícia é que o impacto na operação é praticamente imediato. Afinal, profissionais e usuários aprendem, de fato, como destinar seus resíduos de forma adequada.