Métodos de destinação de resíduos orgânicos: qual o mais indicado para minha empresa?

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Os resíduos orgânicos representam mais de 50% do lixo gerado no Brasil, sendo, portanto, um dos principais entraves na luta mundial contra a crise climática. Dessa forma, reverter esse ciclo é uma responsabilidade de toda a sociedade, e as empresas desempenham papel fundamental nesse processo.

É por isso que falar em métodos de destinação de resíduos orgânicos é tão fundamental. E é isso que vamos fazer neste artigo.

Continue lendo para entender!

Desafios da destinação de resíduos orgânicos

Um dos principais culpados pela crise climática é o nosso modelo atual de consumo e produção. Ele preza pela quantidade acima da qualidade e, principalmente, da longevidade. 

Assim sendo, se faz urgente migrar para um modelo de economia circular, que priorize a utilização dos recursos com máxima eficiência e sua reincorporação no processo produtivo.

No caso dos resíduos orgânicos, o desafio é ainda maior. Sobretudo pela questão logística, em função de suas características: rápida decomposição, dificuldade de armazenagem adequada e higienização, e baixo valor percebido.

Os dados sobre o desperdício desse tipo de resíduo são alarmantes. Estamos falando de um desperdício diário de cerca de 41 mil toneladas de comida, que seriam suficientes para alimentar mais de 25 milhões de pessoas no país (Instituto Akatu e Onu Verde).

No Brasil, segundo estimativas da FAO Brasil, 30% dos alimentos produzidos no Brasil sequer chegam à mesa da população. Enquanto isso, 28% das áreas agrícolas são destinadas à produção desses alimentos que terminam descartados.

Com a possibilidade de ser utilizado como matéria-prima, com valor de recurso natural, o material orgânico de descarte precisa ser devidamente separado e, posteriormente, destinado ao tratamento correto que possibilite o reuso desse resíduo.

Nesse sentido, as empresas dispõem de diversas soluções para tratar seus resíduos orgânicos, e a melhor opção para cada caso vai depender de variáveis como volume de resíduo gerado, cadeia produtiva, logística, espaço disponível etc.

Para ajudar no processo decisório, consolidamos, a seguir, as formas de descarte para resíduos orgânicos que podem ser aplicados em empresas de diferentes portes.

Confira!

Compostagem 

Subproduto: biomassa.

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Na compostagem, cria-se um ambiente propício para que ocorra um processo natural de decomposição. Assim, microrganismos como fungos e bactérias fazem o trabalho de decompor a matéria orgânica. A partir desse processo, gera-se um adubo rico em nutrientes, que pode ser utilizado em jardins, hortas e plantações.

O processo de compostagem é longo. Ele requer espaço, e controles de temperatura, umidade, e principalmente o equilíbrio entre a relação carbono e nitrogênio — podendo se tornar mais complexo dependendo dos materiais inseridos no processo.

Por exemplo: carnes cruas ou cozidas devem ser evitados, portanto a compostagem tende a ser mais eficiente em empresas que geram resíduos proveniente de frutas, legumes e verduras.

Em linhas gerais, o processo de compostagem demanda separação, armazenamento e logística dos resíduos e seus insumos – assim como o gerenciamento do subproduto gerado, para que seja posteriormente aplicado a plantações.

Por fim, a compostagem pode ser realizada tanto interna e/ou externamente, mas invariavelmente demanda logística — tanto interna (separação, armazenamento), quanto externa, para distribuição do subproduto.

Biodigestão anaeróbia

Subproduto: biogás ou fertilizante.

Como o nome sugere, a biodigestão anaeróbica é um processo de decomposição de resíduos orgânicos sem a presença de oxigênio. Esse processo é feito em uma câmara hermética, totalmente selada, o que diminui o potencial de contaminação e a demanda de oxigênio geral. 

Nessa câmara hermética, que aceita todo tipo de material orgânico, os resíduos orgânicos são acumulados. Assim, o processo ocorre naturalmente, por meio das bactérias presentes nos próprios resíduos, que os decompõem transformando-os em biogás ou fertilizante.

Por se tratar de um modelo aplicado em larga escala, para volumes de resíduos industriais, a decomposição demanda espaço e controle de temperatura e de pH. Esses fatores críticos para o potencial de proliferação e decomposição das bactérias. Por isso, tal processo não pode ser realizado in-loco e requer logística interna e externa. 

Biodigestão aeróbia 

Subproduto: efluente / água.

Biodigestor ECO-PRO produzido pela Eco Circuito no Brasil

Os biodigestores que promovem decomposição na presença de oxigênio — chamados de biodigestores aeróbios — aproximam-se do processo natural de compostagem. No entanto, eles o fazem de forma surpreendentemente ágil, compacta e 100% automatizada.

Portanto, trata-se de uma solução de alta tecnologia, que acelera a decomposição da matéria orgânica utilizando água, micro-organismos e enzimas.

Os biodigestores aeróbios, diferente dos biodigestores canadense, indiano e chinês, têm capacidade de processar todos os tipos de alimentos e geram efluente como subproduto, que pode enfim ser descartado diretamente no sistema de esgoto ou tratado para geração de água de reuso.

Ademais, disponíveis em diversos tamanhos, os biodigestores têm ainda a vantagem de se adequar ao layout da operação e ao volume de resíduos gerado no local.

Outro ponto interessante é que o consumo de energia de um biodigestor é até 15% inferior ao de composteiras elétricas; e não gera odores, ruídos e/ou atração de vetores como insetos, ratos e baratas.

Por funcionarem de forma contínua, os biodigestores aeróbios aceitam descartes a qualquer momento, viabilizando o processamento dos restos alimentares in-loco.

O modelo tem como um dos principais benefícios a eliminação da logística no processo. Nele, não há necessidade de câmaras frias para armazenamento e/ou transporte dos resíduos antes ou depois do processamento. O equipamento pode ser conectado diretamente ao sistema de esgoto utilizado na operação (público ou local).

O Biodigestor ECO-PRO é um exemplo de biodigestor aeróbio. Ele viabiliza processamento in-loco e geração de efluente, que pode então ser descartado diretamente no ralo ou tratado para geração de água de reuso. Compacto e 100% automatizado, é assim ideal para grandes geradores de restos alimentares.  Clique aqui para saber mais.

Incineração 

Subproduto: energia.

 

Foto: Diogo Moreira/MCW

A incineração promove a queima do lixo em fornos e usinas próprias. Isso acontece em temperaturas acima de 900ºC, transformando então o material em dióxido de carbono, vapor e cinzas, e gerando calor que pode ser usado para produzir energia elétrica e aquecimento de água.

Uma das maiores vantagens da incineração é a redução do volume de resíduos, sendo assim mais indicada para grandes geradores. Porém, o ponto de atenção fica no alto volume de oxigênio demandado.

Outro ponto importante: a incineração também não aceita resíduos úmidos em geral, sobretudo frutas e legumes.

Principalmente por se tratar de um processo complexo e altamente técnico, é indicada para grandes volumes de resíduos e demanda estrutura específica. A incineração é realizada em ambiente externo à operação e, portanto, demanda armazenamento e logística.

Pirólise 

Subproduto: energia.

 

A pirólise decompõe os resíduos expondo-os a altas temperaturas, com baixo nível de oxigênio presente. Ela pode ser utilizada para decompor diversos tipos de resíduo, incluindo o doméstico, bem como para o processamento de plásticos e industrial. 

Esse processo, considerado autossustentável, tem o benefício de impedir a liberação de gases na atmosfera. Além disso, gera energia e ainda permite a extração de sulfato de amônia, alcatrão, álcool e óleo combustível.

Também complexo e altamente técnico, é mais um caso que demanda estrutura específica. Portanto, a pirólise é realizada externamente e demanda logística.

COMPARE AS DIFERENTES POSSIBILIDADES PARA DESCARTE DE RESÍDUOS ORGÂNICOS NA SUA EMPRESA:

  COMPOSTAGEM BIODIGESTÃO ANAERÓBICA BIODIGESTÃO AERÓBICA INCINERAÇÃO PIRÓLISE
DEMANDA LOGÍSTICA? Sim Sim Não Sim Sim
CÂMARA FRIA NA EMPRESA Sim Sim Não Sim Sim
PROCESSO AUTOMATIZADO? Não Sim Sim Não Sim
MATERIAIS ACEITOS Há limitação quanto aos tipos de resíduos que podem ser compostados em função da geração de odores (ex.: carnes em geral e alimentos cozidos), portanto alguns processos ficam limitados a apenas frutas, legumes e verduras. Aceita todo tipo de material orgânico. Aceita todo tipo de material orgânico. Aceita todo tipo de material orgânico. Pode ser utilizado com o lixo doméstico selecionado e moído, lixo de processamento de plásticos e lixo industrial.
NECESSIDADE DE TRATAR O SUBPRODUTO? Sim Sim Não Sim Sim

 

Que tal, nós conseguimos mostrar a você os principais métodos de destinação de resíduos orgânicos? Deixe seu comentário!

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Eco Circuito e o Biodigestor ECO-PRO

Aqui na Eco Circuito o nosso propósito é transformar geradores de lixo em agentes ambientais.

Biodigestor ECO-PRO da Eco Circuto, com muita inovação para o mercado, realiza o descarte sustentável do resíduo orgânico em efluentes de forma automatizada e inteligente, com controle de procedência personalizada para reduzir o desperdício de alimentos em cozinhas profissionais, hoteis, hospitais, refeitórios industriais e outros.

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